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Mapeamento Digital aplicado à Diversidade Biológica na Ilha Grande

Uma análise sintética dos processos e base para pesquisas de longa duração.

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A análise dos fatores que estruturam e sustentam biodiversidades, assim como processos ecológicos, é fundamental para a conservação e manejo dos recursos naturais. A Ilha Grande, Angra dos Reis-RJ, fornece até hoje uma excelente oportunidade para estudar a biodiversidade, e as informações obtidas devem contribuir para a gestão local e a conservação geral da Mata Atlântica.Este projeto teve colaboração/cooperação na área de Cartografia e foi coordenado pela profa. Dra. Helena Bergalo (UERJ).

 

O registro mais antigo para ocupação humana da Ilha Grande é de um sambaqui com 960 anos A.C.. A população sambaquieira iniciou um ciclo de alteração da paisagem, e a mudança para grupos indígenas trouxe como principal alteração geoecológica o aparecimento da agricultura feita com o uso do fogo, que seria retomada pelos caiçaras.

 

Além da ocupação pelos caiçaras, muitas fazendas de cana-de-açúcar, cacau e café existiram na área. Este ciclo econômico foi baseado na exploração maciça de recursos florestais. A baixa diversidade florística e o caráter secundário em alguns pontos da ilha, teve sua gênese neste tipo de exploração e nas roças caiçaras. A ilha é hoje protegida por três Unidades de Conservação e a UERJ administra a área da Vila Dois Rios.

 

As pesquisas desenvolvidas mostram uma grande riqueza biológica ainda preservada. Contudo, grande parte do conhecimento concentra-se no entorno das vilas Dois Rios e Abraão. Ademais, poucas são as pesquisas que estão sendo desenvolvidas que possuam um caráter multidisciplinar. Este projeto tem como objetivo estabelecer e mapear parcelas permanentes em três sítios amostrais na Ilha Grande, o que permitirá o desenvolvimento de estudos integrados e proveu informações sobre o adequado uso do território aos gestores das Unidades de Conservação. Foi empregado o método de parcelas RAPELD (Rapid Assessment Program, criado por William E. Magnusson e colaboradores em 2005) que permitiu amostrar as comunidades biológicas em grandes áreas amostrais e ao mesmo tempo minimizar a variação nos fatores abióticos que afetam tais comunidades. As hipóteses a serem testadas são que há uma complementaridade biótica entre os sítios amostrais e que os grupos biológicos respondem a um processo estruturador.

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